As pedreiras de Borba e Vila Viçosa, de Pardais e Estremoz estão em grande parte encerradas. Foram cenário de uma indústria extrativa pujante, próspera e dinâmica, mas a sua exploração cessou há alguns anos e hoje encontra-se abandonada em grande parte. Quem passa na estrada enxerga montanhas de blocos de mármores, sem valor comercial e a ponta das gruas, enferrujadas, inúteis, apetece espreitar por cima. Foi o que tentei fazer com estas fotografias em que descobri um mundo oculto, onde obtive imagens gráficas, desabitadas, de cores intensas e linhas geométricas dinâmicas e atrativas.
Luis Pavão, (Lisboa, 1954). Licenciado em Engenharia Eletrotécnica, IST, Lisboa,1981 e Master of Fine Art on Photography, Museum Studies, pelo Rochester Institute of Technology, 1999. Desde 1991 exerce o cargo de conservador de fotografia, no Arquivo Municipal de Lisboa. Desenvolve atividades letivas no ARCO em Lisboa e no Instituto Politécnico de Tomar, desde 1990 até 2014, leciona disciplinas de processos fotográficos históricos e conservação de fotografia nos programas de licenciatura e mestrado em fotografia desta escola. Sócio fundador e gerente da empresa Luis Pavão Limitada, desde 1982 é especializada na conservação e digitalização de coleções de fotografia, com responsabilidade técnico cientifica na realização de vários projetos de conservação, descrição e digitalização de coleções de fotografia de várias instituições.
Principais Publicações:
Conservação de Colecções de Fotografia, Dinalivro, Lisboa, (1997),
Tabernas de Lisboa, Assírio e Alvim, Lisboa, (1981),
Fotografias de Lisboa à Noite, Assírio e Alvim, Lisboa, (1983),
Lisboa, em vésperas do Terceiro Milénio, Assírio & Alvim, Lisboa, 2002,
Fado Português, EAR BOOKS, Edel Classics, GmbH, 2005.
Evora Urbe Aurea, CM Evora, Junho 2019.
Pela fresca sombra das árvores de Lisboa, CML, 2021.
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