Memória Líquida é um projeto artístico e curatorial desenvolvido entre setembro de 2020 e setembro de 2021 que contou com a participação de 25 autores e a inclusão de 28 projetos de matriz fotográfica. A ação curatorial Memória Líquida estruturou-se em torno de quatro acontecimentos: o debate [Topografia Líquidas], o evento [Vizinhança Líquida], o workshop [Workshop Líquido], as publicações [Memória LÍquida e Liquid Memories]. Os três primeiros formatos foram comunicados no interior de um evento aglutinador a que se deu o título de Assembleia Líquida; todos eles com caraterísticas, projetos e, na generalidade, com autores diferentes, e num quinto momento, na exposição [Memória Líquida] em que todo o trabalho produzido foi visibilizado e num working in progress, pensado criticamente. Em todos estes eventos participei na dupla condição de artista e de curador. É assim, na posição da curadoria praticada por artistas que este projeto foi desenvolvido.
Memória Líquida #1: Exposição;
O projeto Memória Líquida é uma exploração anacrónica das questões da água cruzando-a com o espaço concreto da Mata da Pasteleira e o Sistema de Abastecimento de Água ao Porto e que adquiriu nalguns projetos enquadramentos e objetos mais genéricos, holísticos, políticos, biográficos, contextuais e processuais. Tendo todos estes trabalhos como característica comum operarem com a água como tema e como medium.
Participantes: Inês R. Amado, Teresa Huertas, Manuela Vaz, Ana Botelho, Alice WR , Manuela Matos Monteiro, Mide Plácido, Eliane Velozo, Severino Laba, Renato Roque, João de Goes, Eduardo Sousa Ribeiro, Luís Carvalhal, Carla Fragata, Natércia Caneira, David Goldenberg, Maria João Ferreira, Joana Nascimento, Miguel Marecos, Betina Dal Molin Juglair, Frederico Martinho, Duarte Belo, paula roush, Francisco Varela e Raúl Simões Pinto.
Francisco Varela
Memória Líquida #2: Topografias Líquidas;
O debate Topografias Líquidas com a participação de Duarte Belo, teve a singularidade de contribuir para a discussão sobre a potencialidade da fotografia cartografar os mecanismos em ação no território. O termo Topografias Líquidas foi introduzido pela teórica Eugenie Shinkle, no texto “Fluid Topographies: Water, Power, Myth” publicado na Foam #50, 2018, associando-o à incapacidade aparente da fotografia revelar as relações de poder que agem sobre o território. De alguma forma, as peças apresentadas por mim e por Duarte Belo no debate traduzem esta potência e vontade de rastrear acontecimentos topográficos e paisagísticos. No caso de Duarte Belo a estrutura narrativa montada incluiu, também, um supra discurso através das conexões estabelecidas com o seu arquivo pessoal, que inseriu nas imagens do percurso entre a casa Andersen e a Faculdade de Arquitetura, passando pela Mata da Pasteleira. Ativando, deste modo, uma evocação e reformulação da lógica interna do seu arquivo. Este discurso foi complementado pela inserção de relações imagéticas, tipológicas, históricas e pessoais entre algumas das suas imagens passadas e presentes com casos paradigmáticos do que se poderia denominar de uma breve história da fotografia documental. De diferente forma, a relação da minha sequência videográfica denominada O Caminho da Água com a topografia resulta do esforço metodológico inerente ao protocolo fotográfico que pratiquei, em que houve sempre o propósito de seguir literalmente o caminho que a água de abastecimento ao Porto faz ao longo da sua infraestrutura institucional, arquitetónica, paisagística e funcional, tudo assim resultando numa paisagem técnica construída pela água. Sintetizando, poder-se-á afirmar que o trabalho de Duarte Belo construiu-se a partir de uma topografia superficial, na medida em que as suas imagens descrevem lugares visíveis, enquanto o meu se constituiu como o construtor de uma topografia invisível a partir da sua lógica oculta e subterrânea, por descrever lugares respeitantes a uma infraestrutura que, na sua quase totalidade, está enterrada e, por isso, obviamente não visível.
Duarte Belo:
Francisco Varela:
Memória Líquida #3: Vizinhança Líquida;
O evento Vizinhança Líquida foi inicialmente pensado para ser realizado em dois espaços próximos do Reservatório da Pasteleira. Seria uma realização em que tanto importava o formato expositivo, onde era expectável que ocorressem relações inesperadas entre as obras, como o caráter relacional do evento, que se traduzia no encontro desta comunidade de autores. A passagem para o formato digital obrigou a que os projetos se reinventassem e encontrassem veículos formais adequados à sua transmissão no cenário da plataforma Zoom. Tendo, por isso, as suas identidades, carácter, autonomias e medium sido repensadas em função do novo contexto. De certo modo, a transmissão on-line teve o efeito de conciliar as propostas ao igualizar os suportes em que foram realizadas ou comunicadas, mesmo que a diversidade formal e conceptual fosse evidente e tenha sido curatorialmente incentivada.
Os autores participantes foram: Eduardo Sousa Ribeiro, Frederico Martinho, Mide Plácido e eu. Eduardo Sousa Ribeiro elaborou uma exploração do contexto espacial e social da Pasteleira no formato livro com o título Reservatório dos Sonhos Esquecidos. Aqui, como na publicação Memória Líquida, foi fundamental o papel da edição na conformação dos sentidos vários que se podem extrapolar da sua leitura. Veja-se o trabalho de transformação de textos jornalísticos em textos de sentido aberto próximos da poesia visual. Frederico Martinho fez uma aproximação às características espaciais identitárias do contexto envolvente ao Parque Urbano da Pasteleira, através de uma fotografia de inquérito territorial, na qual a arquitetura tem uma presença predominante. A sua fotografia tem uma filiação clara à fotografia de arquitetura portuguesa praticada com câmara de grande formato (Paulo Catrica, Daniel Malhão e outros). Mide Plácido elaborou um projeto multimédia com o título Live, no qual os diferentes formatos do vídeo e da instalação se conjugam. O vídeo, também ele realizado a partir de uma instalação, conjuga-se com a filmagem de uma construção de grandes dimensões, que utiliza papel impresso com fotografias diarísticas de um quotidiano em tempos de pandemia. É, pode dizer-se, um trabalho de cariz fotográfico que expande as características objetuais em que o medium fotográfico normalmente se expressa. O projeto que apresentei em Vizinhança Líquida foi o vídeo Pasteleira, Água e Tudo. Destaco, nesta sequência, a função do áudio na construção de uma narrativa paralela à das imagens, criando uma tensão constante entre estes dois registos.
Eduardo Sousa Ribeiro:
Frederico Martinho:
Mide Plácido:
Francisco Varela:
Memória Líquida #4: Workshop Líquido.
O laboratório de edição ao vivo Workshop Líquido foi o epitome do workshop Between Archive and Publication: A liquid workshop (Visualising liquid archives) decorreu durante seis meses, desde o seu início, em janeiro de 2021, até á conclusão, em julho do mesmo ano, do livro de artista realizado no seu âmbito [Liquid Memories]. Inicialmente previsto para ser presencial, dadas as contingências do estado pandémico, teve de migrar para um formato digital com recurso à plataforma Zoom. Os seus participantes foram Betina Dal Molin Juglair, Maria João Ferreira, Miguel Marecos, Joana Nascimento e David Goldenberg. Raul Simões Pinto antigo morador da Pasteleira e autor de Pasteleira City. Seguiu-se, durante o workshop, o método de trabalho colaborativo, cabendo-me a pesquisa e a disponibilização dos arquivos a trabalhar. Esta metodologia foi mais tarde reformulada e aprofundada por paula roush, resultando a sua praxis numa síntese original, inclusive no contexto das formações orientadas por esta artista, que desenvolveu, aqui, uma estratégia artística de investigação em que os processos aquosos de anotação coletiva, a apropriação dos arquivos e a formulação de estórias da água resultaram numa metodologia artística que paula roush (msdm) traduz por uma tecnologia de “indaguar” ou “Indaguação”, isto é, indagar/pesquisar/investigar através da água. O laboratório de edição ao vivo Workshop Líquido foi o seu culminar(como se referiu no inicio) e a demonstração performativa das metodologias de trabalho empregues pelos seus participantes no workshop Between Archive and Publication: A liquid workshop (Visualising liquid archives). Neste Workshop Líquido foram exploradas as possibilidades das funcionalidades das salas simultâneas da plataforma Zoom, nas quais foi essencial, para a natureza do evento, a possibilidade de uma navegação única, dependente das opções do público, das performances realizadas em simultâneo nas diversas salas.As salas foram as seguintes: sala 1, denominada Captação, ocupada por Maria João Ferreira; sala 2, Água Orgânica, ocupada por paula roush; sala 3, Águas Suspensas, que exibiu o trabalho de Betina Dal Molin Juglair; sala 4, Lama Pura, ocupada por mim; sala 5. Lamas Profundas, onde se exibiu o vídeo - ensaio de Miguel Marecos; e a sala 6, Água Bruta, onde esteve presente Joana Nascimento.
A sétima sala dedicada às ancoras participativas foi ocupada por David Goldenberg, que realizou em tempo real uma reflexão sobre todo o processo em curso no Workshop Líquido, relacionando-o com as práticas participativas em arte e com o conceito já anteriormente elaborado por David da Post autonomy, que se caracteriza, de acordo com David (2021), por ser um espaço e programa para realizar ataques contra a autonomia inserida na prática do neoliberalismo, uma zona que pode ser usada para construir um espaço diferenciado contra a atual formulação da realidade colonialista e capitalista.
Este Workshop Líquido enquadra-se na lógica da net.art na medida em que se trata de arte que usa a internet como medium e não pode ser experienciada de outra forma, sendo suas características: o alcance global, a multimedialidade, a interconectividade e a igualdade (Baumgärtel, 1999)1 .Isto, se entendermos o conjunto de ações performativas realizadas nas diversas salas como ações artísticas, que utilizaram, na sua realização, diversos media e onde a conetividade entre os performers e o público foi importante, sendo um evento igualitário porque o acesso às salas era livre e sem quaisquer condicionamentos.
A realização do Workshop Líquido preencheu três funções essenciais:
- apresentar performativamente e de forma interativa as metodologias praticadas pelos 7 participantes do workshop (onde eu me incluo conjuntamente com a formadora paula roush);
- abrir e agregar novos autores (mais 15: Inês R. Amado, Teresa Huertas, Manuela Vaz, Ana Botelho, Alice WR , Manuela Matos Monteiro, Mide Plácido, Eliane Velozo, Severino Laba, Renato Roque, João de Goes, Eduardo Sousa Ribeiro, Luís Carvalhal, Carla Fragata e Natércia Caneira) ao trabalho coletivo já realizado e possibilitar, assim, a inclusão de novos projetos decorrentes da sessão na publicação do workshop;
-introduzir operativamente a água como tema e como medium de que são subsidiários os seguintes conceitos:
-a liquidez como processo de criação artística;
-a diluição de autorias no processo de trabalho (veja-se o exemplo do material de arquivo por mim pesquisado, que foi apropriado pelos participantes do workshop, sendo ao mesmo tempo material que trabalhei nas minhas próprias séries);
-os processo artísticos que lidam com a água (como já se referiu) como tema e como medium e uma visão da história da arte a partir destes trabalhos;
-as formulações pós-humanistas das questões de género e geopolíticas tendo a água como conceito central.2
Maria João Ferreira:
paula Roush:
Betina Dal Molin Juglair: Download do texto/imagens "Águas Suspensas".
Francisco Varela:
Miguel Marecos:
Joana Nascimento:
Textos curatoriais: Francisco Varela
-------------
1 In Baumgärtel, T. (2021, July 20).Wikipedia. https://en.wikipedia.org/wiki/Net.art
2 Sobre este assunto consultar A, Neimanis. (2017). Bodies of Water: Human Rights and the Hydrocommons. Bloomsbury.
Biografias
Francisco Varela [Porto, 1969], arquiteto, artista e curador. Arquitecto pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto [FAUP]; Máster em “La gran Escala” pela Escola Tècnica Superior d’Arquitectura de Barcelona [ETSAB]; Mestre em Construção de Edifícios pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto [FEUP]; e Mestre em Estudos de Arte, Especialização, Estudos Museológicos e Curadoriais pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto [FBAUP] . De momento, frequenta o Curso de Doutoramento em Artes Plásticas na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto [FBAUP]. A sua atividade compreende exposições, instalações, vídeo, atividades performativas e a criação de livros objeto/livros de artista. Desde 2018 tem vindo a desenvolver atividade curatorial. Está representado na National Art Library do Victoria and Albert Museum e na Biblioteca de Arte da Fundação Calouste Gulbenkian.
Frederico Martinho (1988). Arquitecto de profissão, tem, simultâneamente, investigado e desenvolvido a prática da fotografia, nomeadamente a sua relação com a arquitectura e o território. A sua tese de mestrado intitulada A Fotografia na Obra de Luis Barragán: da imagem fotográfica à imaginação nasce de uma intuição e termina como a hipótese do papel crucial da fotografia na construção de uma ideia arquitectónica mas também, e fundamentalmente, na construção de uma realidade que reside na imagem. Na continuidade desta investigação surgiram novos projectos que foram abrindo a fotografia à construção de conceitos e narrativas e, portanto, enquadrando a fotografia na sua condição política. A partir daqui, passou a usar a fotografia como meio de registo e de pensamento sobre o lugar que habitamos.
Mide Plácido. Artista visual, fotografa, sediada em Cantanhede, Coimbra. Trabalha no campo conceptual, essencialmente, por meio da fotografia, técnicas de colagem e manipulação digitais, instalação e autoedição de fotozines. A sua prática ar#sta é centrada, fundamentalmente, em questões de iden#dade; facetas existenciais e socioculturais que a circundam. O corpo que somos e os seus contextos, são por isso, questões centrais no seu trabalho. Ponto de partida para narrativas ficcionais das quais reverberam ecos expressivos de feição metafórica e surreal. Mide Plácido, pensa na sua arte como forma de se aperfeiçoar na arte de viver. Acredita que transformar a vida e a arte na mesma coisas é muito libertador, abre para outros olhares, outras formas de se tornar pessoa. Assim, o seu trabalho é o resultado direto da sua ação, tanto na arte como na vida quotidiana. É graduada em Pintura pela EUAC (Escola Universitária das Artes de Coimbra). Estudou no âmbito do Mestrado, Criação Artística Contemporânea, na Universidade de Aveiro. Interessa-se por participar em projetos coletivos, como residências, na procura quer do enriquecimento da sua prática artística, como de oportunidades de diálogo, de troca e de reflexão temáticos que, de alguma forma, possam desencadear e potenciar pesquisas etimulantes. Expõe, com alguma regularidade em Portugal e, também, no exterior, em mostras individuais e coletivas, desde 1998
Maria João Ferreira (1994). Licenciou-se em Artes Plásticas – Pintura (2017) pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP). Frequentou o Mestrado em Artes Plásticas pela Middlesex University de Londres (2018) ao abrigo do programa Erasmus+. Em 2019, apresentou a dissertação de mestrado em Design da Imagem “O Atelier como palco – Um olhar sobre os ateliers de artistas portuguesas contemporâneas”, na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. Desenvolveu colaborações com revistas das quais se destacam “ALIX, Jornal de estudos de fotografia e cinema”, “Dose” e “CONTRAST, A Fotografia no Ensino Superior” da SCOPIO Editions. Como membro co-fundador da Associação Cultural FUTURO VADIO, colabora desde 2019 na produção e curadoria da galeria DENTRO no Porto. Em 2021 integra a equipa de Desenvolvimento de Imagem da empresa Farfetch.
Betina Dal Molin Juglair. Artista visual, escritora e fotógrafa brasileira radicada no Porto. No seu trabalho, transita entre fotografia, arquivo e escrita. Usa imagens autorais e de arquivo na construção de narrativas visuais para evidenciar o íntimo, o sensível e o estranho, com foco no corpo e no movimento. É mestre em Estudos de Arte - Teoria e Crítica de Arte, pela FBAUP. Foi assistente na galeria de fotografia contemporânea Salut au Monde! no Porto entre 2020 e 2023. Já teve trabalhos em exposições coletivas no Brasil, Portugal, Itália e Inglaterra, com projetos e formatos variados (fotografia, publicação, instalação). Sua autopublicação “Pernas” foi selecionada na Convocatória de Fotolivros de 2024 da Revista ZUM, está em exposição até fev/25 e compõe a Biblioteca do IMS - SP. Na fotografia, já colaborou em performance e teatro, com destaque para os registros das performances de Letícia Maia em “Make Feminine” nos Maus Hábitos (Porto) em 2024. Entre setembro e dezembro de 2024, foi tutora de estágio Erasmus+ da estudante de fotografia Barbora Žentelová.
Eduardo Sousa Ribeiro (Lisboa, 1963). Vive e trabalha em Lisboa. Em 1993 completou o Curso Avançado de Fotografia, Arte Contemporânea e Projeto na Maumaus - Escola de Artes Visuais. Na sua prática explora as possibilidades que se estabelecem entre as imagens, as sequências, as narrativas que podem ser construídas de forma mais linear ou abstrata. Sendo o fotolivro o suporte preferencial que dá corpo a esta exploração de novos significados. Aborda nos seus trabalhos questões relacionadas com o espaço urbano e o território, em articulação com questões sociais. Exposições recentes, seleção: Too much of a good thing, XYZ, Lisboa (2023), Past & Present, Der Greif, Pinakothek der Moderne, Munich (2023), O Acto de Caminhar, Atelier de Lisboa, Lisboa (2023). Simultaneity, Der Greif, Guest Room Office Impart & Christian Mio Loclair (2022), Small buildings and other things, Câmara Clara, Torres Vedras (2022), Charta Festival, San Lorenzo, Roma (2021), The Maribor Photobook Award, UGM - Umetnostna Galerija Maribor, Eslovénia (2020), Territórios em Publicação, CEI - Centro de Estudos Ibéricos, Guarda (2019), This City Always Pursue You: A story told with photobooks, books and non-books, MUSAC, León (2019), BF18 - Bienal de Fotografia de Vila Franca de Xira, Celeiro da Patriarcal (2019). RCA Secret, Royal College of Art, Londres (2018). Autopublica fotolivros desde 2013. Vencedor do 1st Scopio International Photobook Contest (2014), Urbanautica Institute Awards, Portfolio Special Mention, category: Anthropology and Territories (2022). Urbanautica Institute Awards, Portfolio Special Mention, category: People and Communities (2021). Representado nas coleções: The PhotoBookMuseum (Colónia), Franklin Furnace (Nova Iorque), Aperture Foundation Library (Nova Iorque), Fundação de Serralves (Porto), Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa), Biblioteca de la Facultad de Bellas Artes, UCM (Madrid) e do Instituto Moreira Salles (S. Paulo).
Joana Nascimento (Porto, 1985) é artista plástica, mediadora museal e investigadora. Licenciada em Artes Plásticas – Escultura, Mestre em Arte e Design para o Espaço Público. Desenvolve atualmente Investigação de Doutoramento em Educação Artística, com a tese“Livro de artista (lugar e veículo): o campo comum entre arte e educação”, acolhida pelo i2ADS – Instituto de Investigação em Artes, Design e Sociedade. Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, Portugal.
paula roush. Artista, investigadora e professora, fundadora do msdm [mobile strategies of display & mediation], uma plataforma coletiva que explora as interseções entre práticas artísticas, curatoriais e editoriais. Sua investigação combina metodologias relacionais e tecnologias emergentes, abordadas sob as lentes do ‘novo materialismo’ hidro-feminista e de uma perspetiva decolonial. Atualmente, investiga a automação na edição de fotolivros e a mobilidade ecológica do livro. Seus projetos recentes incluem Follow Y/Our River, liquid memories~to read with water e Machinic Enslavement in Academic Capitalism. É docente na London South Bank University, onde leciona na School of Arts and Creative Industries e integra o Centre for the Study of the Networked Image.
Deixe o seu comentário