No início houve a descoberta da energia do mar, da terra, das montanhas, do silêncio, das ruas perdidas, da vegetação exuberante, da água quente que brota da terra numa noite fria, da escuridão que ameaça o sol tímido. Depois foi voltar e reencontrar tudo aquilo que se foi tornando cada vez mais familiar e do qual também já eu fazia parte.
Agora precisava descobrir o que se encontra para lá das portas das casas de família, com ar de que sempre lá estiveram, firmes, viradas para o mar, sem nada prometerem mas cheias de histórias por contar. Os objetos comuns ou sagrados, os retratos dos que vivem e dos antepassados, o ambiente familiar carregado do tempo que não passa.
Catarina Osório de Castro (1982) nasceu em Lisboa onde vive e trabalha.
É representada pela galeria Módulo - Centro Difusor de Arte. Licenciou-se em arquitetura pela FAUTL (2005). Formou-se em fotografia no Ar.Co (2012) e estudou no Atelier de Lisboa (2014). Expôs na Módulo as séries individuais “Devagar” e “Eclipse”, onde participa em inúmeras colectivas. Expôs em festivais como Encontros da Imagem em Braga: “Trinta Anos” ou “Génesis” e em “Imago Lisbon Photo Festival”. Participou no projeto coletivo [TASCAS] que culminou no livro “Pelas Tascas de Lisboa” e numa exposição nas “raum”. Expôs em algumas revistas como “EXIT Image and Culture” ou “Lenscratch”, e colabora na publicação trimestral “Almanaque, Reportório de Arte e Esoterismo”. Em 2020 publicou o seu primeiro livro de fotografia “Devagar”.
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